A
conivência: “A monumental
máquina de blindagem operacionalizada a partir do Palácio do Planalto continua
azeitada. O governo aceita a justificativa da retórica. Essa pode até ter
lógica, mas sem a necessária comprovação torna-se inócua.” (Ag. Estado)
►E com todo esse aparato surgem casos e mais casos
que não se definem. A burocracia torna as investigações muito lentas e as
acusações e/ou suspeitas iniciais caem no esquecimento.
►Como está o Caso Erenice, que a então candidata Dilma
prometeu uma rigorosa averiguação?
►Enquanto isso... “recrutas podem ir presos por
causa de uma dancinha,” informa o JN
Ministério
Público decide investigar Palocci
|
Alguém lembra de Erenice? |
O Ministério Público Federal decidiu instaurar os
procedimentos para investigar o ministro Palocci em razão das denúncias sobre
evolução patrimonial supostamente ilícita. A determinação confirma a existência
de sérios indícios de ilicitudes. Creio ser fundamental a quebra legal dos
sigilos fiscal e bancário para investigação da movimentação financeira e origem
dos recursos. Desta forma a investigação judiciária concluirá sobre eventuais
ilegalidades nas operações financeiras que sustentaram a evolução patrimonial
do ministro. Poderá também identificar eventuais beneficiários do suposto
tráfico de influência exercitado pelo então deputado federal. A CPI no
Congresso seria eficiente contribuição à investigação judiciária, estimulando-a
e oferecendo informações com agilidade. Como se sabe a comissão parlamentar de
inquérito tem o poder de quebrar os sigilos fiscal, telefônico e bancário, sem
autorização judicial. De outro lado, também confere maior transparência às
investigações e proporciona interação maior com a imprensa e a sociedade,
elevando o grau de responsabilidade das autoridades contra a blindagem
governamental e a impunidade. Estadão
Entrevista:
Investigação do MP e presença de Lula
Concedi em meu gabinete entrevista coletiva por
solicitação dos jornalistas que realizam
a cobertura dos trabalhos do Senado Federal. O tema central das indagações foi
a decisão do Ministério Público de instaurar os procedimentos para investigar o
ministro Palocci e o reaparecimento do presidente Lula como articulador
principal da estratégia de blindagem assumida também pela presidente Dilma.
Leia parte da entrevista no site Terra
Veja
a entrevista:
Dilma
interrompeu o seu silêncio hoje depois que o ex-presidente Lula comandou a
operação de blindagem a Palocci. Não apareceu para anunciar providências. Não
determinou ao ministro ir ao Congresso para
se explicar. Não o afastou até que esclarecimentos definitivos pudessem
ser oferecidos aos brasileiros. Ao contrário, procurou inocentar seu auxiliar,
ignorando fatos e expectativas. Adotou a estratégia consagrada nos últimos anos
e pode tornar-se cúmplice se os ilícitos forem comprovados. A monumental
máquina de blindagem operacionalizada a partir do Palácio do Planalto continua
azeitada. O governo aceita a justificativa da retórica. Essa pode até ter
lógica, mas sem a necessária comprovação torna-se inócua. Enquanto isso
senadores prometem assinar o requerimento para instalar a CPI se as explicações
ao Ministério Público não forem convincentes. Leia na Agência Senado
Relembrem o outro caso de mancha na Casa
Civil
Caso
Erenice: CGU aponta irregularidades
A ex-ministra da Casa
Civil, Erenice Guerra, recebeu uma”censura ética” da Comissão de Ética Pública
da Presidência da República pelas acusações de tráfico de influência. Mas
Relatório concluído pela Controladoria Geral da União aponta graves
irregularidades em dois contratos que tiveram a participação de familiares da
ex-ministra da Casa Civil. Num dos contratos, firmados entre o Ministério das
Cidades e a Universidade de Brasília (UnB), a Controladoria aponta indícios de
desvios de R$ 2,1 milhões. O relatório também informa que a Anatel concedeu licença
de forma irregular a Unicel, empresa de telefonia ligada a José Roberto Camargo
Campos, marido de Erenice. O caso tem muitos desdobramentos e implicações, e
está longe de merecer uma simples “censura ética” dos órgãos de fiscalização e
investigação do governo.
24
de março de 2011 - 10:00 Postagem sobre Política - Leia
maise
março de 2011 - 10:00 Política -
Erenice recebe censura, mas caso
continua sem solução
A
Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, por unanimidade,
aplicar censura ética à ex-ministra Erenice Guerra pelas acusações de tráfico
de influência. A medida funciona apenas como um reconhecimento de que ela teve
conduta não-condizente com o cargo que ocupava, e não a impede de assumir um
cargo público. Na verdade, a medida não tem qualquer efeito prático, é apenas
mais um capítulo da operação que há quase sete meses vem sendo realizada para
abafar o caso Erenice. Recentemente, a Polícia Federal anunciou que estava
adiando pela quarta vez a conclusão do inquérito que investiga crime de tráfico
de influência cometido por Erenice Guerra quando respondia pela chefia da Casa
Civil no governo Lula. A investigação deste escândalo que derrubou oito pessoas
no governo passado já se arrasta há mais de cinco meses. Pelo visto, não apenas
a PF mas também o Ministério Público caminham para referendar a conclusão da
comissão de inquérito da Casa Civil, que absolveu a ex-ministra e seus filhos
dos crimes praticados na Casa Civil. Veja no vídeo:
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