14/10/2010 às 19:27 \ Política & Cia
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/quem-diria-dilma-no-governo-gaucho-e-depois-na-rbs-trabalhou-por-privatizacao/
Deixando claro, claríssimo, como
tenho deixado neste blog, que sou A FAVOR de privatizações, faço questão de
reproduzir aqui nota do blog do jornalista Políbio Braga, de Porto Alegre,
profundo conhecedor do assunto, mostrando como a presidenciável Dilma Rousseff
trabalhou, nos anos 90, dentro do governo e, depois, dentro da poderosa rede de
comunicações RBS, para privatizar a estatal estadual Companhia Riograndense de
Telecomunicações (CRT).
Repito: sou a favor das
privatizações. E Polibio mostra, em seu blog, que Dilma — que hoje “acusa” o
tucano José Serra de ser pró-privatizações, como se isso fosse um crime — já
foi, e como!
Lá vai o post:

“Exclusivo: Saiba como Dilma
Rousseff ajudou a privatizar a CRT no RS
Bem ao contrário do que
trombeteiam seus programas eleitorais na TV, a candidata do PT a presidente,
Dilma Roussef, trabalhou durante toda a sua primeira administração como
secretária gaúcha das Minas e Energia (1/12/1993 a 2/1/1995) no governo do
PDT, para privatizar a CRT, a Companhia
Riograndense de Telecomunicações.
Quando saiu do governo, foi
contratada pela RBS para ajudar a conceber a aliança com a Telefônica de
Espanha para privatizar a CRT.
* Durante o governo do PDT, que
foi de 1991 a
1994, a
mando de Dilma Roussef, seu então subordinado, o presidente da CRT, Milton
Zuanazzi, homem que ela levaria no
governo Lula para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), fez várias
viagens a Santiago para afivelar o negócio com a CTC, a Companhia Telefônica do
Chile, então controlada pela Telefônica de Espanha.
* O negócio não saiu.
* É que o governador Alceu
Collares, também do PDT, como Dilma Roussef, já tinha assinado um protocolo
intenções com a Stet, na época a estatal telefônica da Itália, mais tarde
privatizada e transformada em TIM.
O governo chegou a iniciar negociações
com a RBS para interessá-la a se associar à Stet e assumir a CRT, mas o
presidente Nelson Sirotsky tinha outros planos e disse ao interlocutor que o
procurou, logo após farto almoço que ambos mantiveram na própria sede do grupo gaúcho (o interlocutor
tinha acabado de regressar de Havana, onde verificou de que modo a Stet passara
a operar uma fração dos serviços telefônicos locais, por concessão do governo
comunista de Fidel Castro):
– Se for para comprar a CRT, eu
compro sozinho e não preciso dos italianos — disse Sirotski.
Ao bater de frente com o próprio
governador Alceu Collares, Dilma Roussef e o presidente da CRT pagaram caro
pela ousadia. Zuanazzi foi demitido com desonra da CRT.
* O negócio que o governo pensava
tocar com a Stet era complicado, envolvia emissão de debêntures conversíveis em
ações e acordo de acionistas, porque a Lei de Privatizações ainda não tinha
sido editada, o que só aconteceu no governo FHC [195-2003].
* Terminado o governo, Dilma
Roussef, de posse de toda a memória das negociações com a Telefônica de
Espanha, via CTC, mais informações privilegiadas sobre a CRT, foi trabalhar
para a RBS, a convite do então diretor Jurídico, Afonso Motta (deputado federal
eleito pelo PDT em 2010).
Motta, brilhante advogado, era do
PDT como Dilma Roussef. Nem uma só vírgula de qualquer contrato ou acordo da
RBS saía do grupo sem o seu aval.
* A ex-secretária de Minas e
Energia foi ajudar na área de Projetos Especiais da RBS. Um deles, o mais
ambicioso e brilhante, foi o que levou ao acordo com a Telefônica de Espanha.
Nelsinho, o dono da RBS, e Juan Villalonga, no dia 16 de dezembro de 1996, dois
anos depois do final do governo do PDT, venceram o leilão de privatização da
CRT.
Na data da privatização da CRT, a
composição acionária da Telefônica do Brasil era: Telefônica Internacional,
30%; RBS, 30%; e o restante das ações dividido entre a Portugal Telecom, 23%; a
Iberdrola (empresa de energia espanhola), 7%; e o Banco Bilbao Vizcaya
[espanhol], 7%.
http://polibiobraga.blogspot.com
http://golpadademestre.blogspot.com
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