Juliana Prado relata que o pastor luterano Mozart Noronha chamou a atenção pela forma com que conduziu sua participação no culto ecumênico em homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer . Mozart homenageou o arquiteto com um poema.
A seguir, a íntegra do texto do pastor-poeta, lido no culto ecumênico:
Numa tarde de verão,
Dia cinco de dezembro
Do ano dois mil e doze,
Vi a Santíssima Trindade
Reunida de emergência,
Ordenando aos seus apóstolos
Receberem Niemeyer
O incansável guerreiro
Que do Rio de Janeiro
Partiu para a eternidade
Deus estava mui feliz
O espírito nem se fala!
E na comunhão do além
Recomendaram que os anjos
Organizassem um coral
Em homenagem ao arquiteto
Cantando a Internacional.
Logo os músicos reunidos,
Sopranos, baixos e tenores,
Com todos os seus instrumentos
Entoaram uns mil louvores
Externando os sentimentos.
Juntaram-se os trovadores,
Mil pintores e poetas,
Abraçando os escritores
Numa festa sem igual.
Niemeyer vestia azul,
Com a bandeira vermelha
Segurada à mão esquerda,
Bem como a foice-martelo.
Indagou por Carlos Prestes
E todos os seus companheiros.
Deus que sempre sentiu dores
De um povo pobre e oprimido
Disse: entre aqui, Niemeyer.
No céu você tem lugar.
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