Denise informa estar sofrendo e recebe manifestações de apoio. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Domingos Dutra, diz que é preconceito e sugere que, se fosse um homem, a reação pública e do próprio Senado seria diferente.
Então, senhores Senadores, vamos lá:
- quem é o homem que participou do vídeo?
- É funcionário do Senado?
- Estava em horário de trabalho?
- Se estava em horário de trabalho a empresa ou o órgão para o qual trabalha deve demiti-lo.
Se a filmadora é de Denise, como esse filme foi parar em outras mãos? Como foi parar nos laptops dos parlamentares?
Mesmo que não tenha sido filmado nas dependências do Senado, deve ser averiguado se o vídeo foi feito em horário de expediente ou não.
Todos nós entendemos que a moça é dona da sua vida e pode fazer dela o que quiser. Mas toda a ação tem uma reação e os atos têm as suas consequências.
O que me intriga, é que segundo as informações na internet, o vídeo foi visto primeiro pelos Parlamentares.
Não é estranho?
Por que os parlamentares estavam assistindo o vídeo durante sessão da CPI?
Denise Rocha foi nomeada para o cargo de assistente parlamentar -- AP-03 com salário de R$ 4.084,29 (Quatro mil, oitenta e quatro reais e vinte nove centavos) por indicação de senador Ciro Nogueira na data de 15 de fevereiro de 2011 e não precisa bater ponto, pois está incluída no regime especial de frequência. A jovem tem chamado as atenções masculinas durante os trabalhos da CPMI do Cachoeira, pelo corpo escultural.
A advogada Denise deverá, então, processar os parlamentares também, e não só os sites que divulgaram o vídeo. Filmagem de muito mau gosto. Não me parece que esse vídeo foi feito para o “deleite” do casal.
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“A advogada Denise Leitão Rocha, assessora parlamentar do senador Ciro Nogueira (PP-PI), é prima de terceiro grau do parlamentar. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do senador. Devido à distância do laço de parentesco, porém, não se trata de um caso de nepotismo.”
“Anunciada na última quarta-feira por Nogueira, a demissão de Denise agora é incerta. Ele decidiu repensar o desligamento da advogada após a repercussão negativa.”
Furacão da CPI: demissão por conta de vídeo picante é contestada dentro do próprio Congresso Nacional
Marcelo Dias
Depois de receber manifestações de apoio e solidariedade de internautas, Denise Leitão Rocha, o Furacão da CPI, começa a provocar manifestações de apoio de ativistas femininas e até de integrantes do próprio Congresso. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Domingos Dutra (PT-MA) vê uma boa dose de preconceito no caso da advogada, demitida do gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI) por aparecer fazendo sexo num vídeo na internet. Na opinião do parlamentar, Denise pagou o pato pelo machismo que impera na sociedade brasileira.
- Se fosse um homem, será que a reação da sociedade, do senador e da mídia seriam a mesma? Eu acho que não - analisa o deputado.
Para Domingos Dutra, a exoneração da advogada teria sido precipitada, a reboque da repercussão nas redes sociais e na imprensa:
- Não vou entrar no mérito que levou o senador a demiti-la, mas foi uma decisão apressada que só reforça o preconceito existente hoje sobre a mulher, que ainda é muito forte no país. Esse caso a marcará para o resto da vida. Certamente, ela terá dificuldades para arranjar um namorado, um emprego, circular em seus meios sociais.
- Esse é mais um sinal de como a nossa sociedade é machista. Se fosse um homem, seria enaltecido como um garanhão. Como é mulher, julgam-na como piranha - critica Rogéria Peixinho, coordenadora regional da Articulação de Mulheres Brasileiras, movimento nacional que luta pelos direitos femininos.
De acordo com ela, o Congresso Nacional atuou como um reflexo desse preconceito tupiniquim:
- Ela foi uma vítima do vazamento desse vídeo e a repercussão chegou a esse ponto porque ela é mulher. O Congresso é muito retrógrado, a ver pela quantidade de mulheres e negros eleitos.
Ao contrário de episódios recentes em que a Secretaria de Políticas para Mulheres pediu a retirada do ar de um comercial de lingerie com a modelo Gisele Bündchen e criticou as agressões de um marido contra sua esposa na novela "Fina Estampa", da Rede Globo, o órgão, ligado à Presidência da República, recusou-se a comentar o caso ocorrido no gabinete do senador.
No Senado, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Paulo Paim (PT-RS), não foi localizado. Sua vice, Ana Rita (PT-ES), estava em reunião.
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