“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”

22 de fev. de 2013

Brasil apoia Cuba contra Yoani Sánchez




Reação pífia, mesquinha, indigna
A reação da chamada grande imprensa nestes três dias foi pífia, mesquinha, indigna. As TVs ignoraram o assunto até — se perdi alguma coisa antes, avisem-me — a reportagem levada ao ar pelo “Jornal da Globo” no começo da madrugada desta terça. Os grandes jornais dispensaram ao caso um tratamento frio, burocrático, ridículo. Nestes tempos de surrealismo noticioso, houve quem tivesse o capricho de dar como notícia a primeira nota da Secretaria-Geral da Presidência  (ela emitiu duas) sem ter informado antes o que trazia a reportagem de VEJA. Ou por outra: ganhou mais relevância o desmentido engrolado do governo do que os fatos gravíssimos que tinham acabado de vir à luz. E que se note: mesmo a reportagem do Jornal da Globo ignorou a questão dos agentes cubanos que estão no encalço da blogueira, o que é estupidamente ilegal. “Mas quem garante que está?” O embaixador cubano! É ele quem está confessando um crime contra as leis brasileiras e o direito internacional.
A verdade lastimável é esta: a grande imprensa brasileira está perdendo os parâmetros de como funciona, e deve funcionar, uma sociedade aberta e está se amesquinhando. Ontem, no Twitter, alguns tontinhos da profissão, supostamente alinhados com um jornalismo mais “moderno”, dispensavam ao caso um tratamento jocoso, irônico, como se, de fato, isso tudo não tivesse a menor importância. Toma-se o direito essencial do longo Artigo V da Constituição — uma cláusula pétrea — como matéria menor. Um jornalismo que avalia não ser preciso dar destaque à presença de um assessor ministerial numa reunião realizada numa embaixada de uma tirania com o objetivo de desqualificar uma militante dos direitos humanos; um jornalismo que avalia não ser preciso dar destaque à presença de agentes da polícia política de um país estrangeiro no encalço de alguém que entrou legalmente em nosso país, um jornalismo que comete essas omissões já está descolado de sua missão; já não merece mais esse nome;  já está perdido para a causa democrática. ESSE JORNALISMO NÃO PRECISA MAIS DO CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA, COMO QUEREM OS FASCISTAS, PORQUE, INFELIZMENTE, JÁ ESTÁ CONTROLADO!
O que se passa? O setor perdeu o brio? A vergonha? As referências? Vive também ele sob a patrulha de um partido e, no fundo, desconfia que Yoani não seja, assim, flor que se cheire? Olhem aqui: aqueles vagabundos que foram impedir a blogueira cubana de falar não têm tanta importância; noticiar a bagaunça que armaram também serve para promovê-los. Eles vão se sentir orgulhosos, como todo criminoso se gaba da própria obra. A notícia relevante, que rendeu uma alentada reportagem de VEJA, era justamente as patas no governo cubano nessa mobilização, a presença de um assessor de Carvalho na reunião e a atuação de agentes estrangeiros em nosso país, ao arrepio da lei. Essa era a notícia!!! Essas eram as coisas que tinham de ser cobradas de Gilberto Carvalho e do governo Dilma.
Quais critérios explicam a omissão? Se alguém tiver alguma justificativa razoável, juro que publico aqui com destaque. Por que tanto silêncio? Por que tanta covardia? Os líderes da bagunça armada em Feira de Santana dizem que vão continuar — ENTENDEU, PRESIDENTE DILMA? Eles confirmam que vão seguir as ordens recebidas do embaixador cubano, contra o que estabelece a Constituição brasileira.
Essa gritaria promovida contra Yoani revela, uma vez mais, a alma profunda dessa gente e diz, com clareza absoluta, quem são eles e quem foram no passado. Este é um país em que está em curso uma dita Comissão da Verdade, que procura avançar sempre um pouquinho mais na tentativa de rever, ao arrepio da Constituição, a Lei da Anistia. A comissão que está aí existe para tornar heróis os amigos e tornar bandidos os inimigos. Somos obrigados a ler, por exemplo, que os comunistas de então queriam democracia… Ninguém deveria ter sido torturado por isto, é evidente, mas democracia não queriam. Tanto assim era que não a querem até hoje. Por isso estão aí, impedindo Yoani de falar. E, dizem eles próprios, agem assim em “defesa da revolução socialista cubana”. Perfeito! Se os comunistas tornados heróis pela Comissão da Verdade tivessem vencido, teria vigido Brasil — e talvez estivesse ainda em vigência — um modelo como o… cubano! As esquerdas reivindicam o monopólio do direito de matar, o monopólio da censura, o monopólio da fala e, não poderia ser diferente, o monopólio da verdade.(Reinaldo Azevedo)
Leia o artigo completo em:


Deputados e servidores hostilizam Yoani no Congresso
Claque pró-ditadura dos irmãos Castro usou o horário do almoço para tumultuar visita da blogueira cubana a Brasília
por Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília


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“O direito de reunião que está na Constituição” é valido apenas para alguns.

"As esquerdas reivindicam o monopólio do direito de matar, o monopólio da censura, o monopólio da fala e, não poderia ser diferente, o monopólio da verdade." (Reinaldo Azevedo)


O Supremo Tribunal Federal liberou somente a manifestação ou também liberou o fumo?





Marcha da maconha em São Paulo.




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