“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”

27 de mai. de 2011

Mancha na Casa Civil


A conivência: “A monumental máquina de blindagem operacionalizada a partir do Palácio do Planalto continua azeitada. O governo aceita a justificativa da retórica. Essa pode até ter lógica, mas sem a necessária comprovação torna-se inócua.” (Ag. Estado)
►E com todo esse aparato surgem casos e mais casos que não se definem. A burocracia torna as investigações muito lentas e as acusações e/ou suspeitas iniciais caem no esquecimento. 

►Como está o Caso Erenice, que a então candidata Dilma prometeu uma rigorosa averiguação? 
 
►Enquanto isso... “recrutas podem ir presos por causa de uma dancinha,” informa o JN  
    
Ministério Público decide investigar Palocci

Alguém lembra de Erenice?
O Ministério Público Federal decidiu instaurar os procedimentos para investigar o ministro Palocci em razão das denúncias sobre evolução patrimonial supostamente ilícita. A determinação confirma a existência de sérios indícios de ilicitudes. Creio ser fundamental a quebra legal dos sigilos fiscal e bancário para investigação da movimentação financeira e origem dos recursos. Desta forma a investigação judiciária concluirá sobre eventuais ilegalidades nas operações financeiras que sustentaram a evolução patrimonial do ministro. Poderá também identificar eventuais beneficiários do suposto tráfico de influência exercitado pelo então deputado federal. A CPI no Congresso seria eficiente contribuição à investigação judiciária, estimulando-a e oferecendo informações com agilidade. Como se sabe a comissão parlamentar de inquérito tem o poder de quebrar os sigilos fiscal, telefônico e bancário, sem autorização judicial. De outro lado, também confere maior transparência às investigações e proporciona interação maior com a imprensa e a sociedade, elevando o grau de responsabilidade das autoridades contra a blindagem governamental e a impunidade. Estadão
Entrevista: Investigação do MP e presença de Lula
Concedi em meu gabinete entrevista coletiva por solicitação dos  jornalistas que realizam a cobertura dos trabalhos do Senado Federal. O tema central das indagações foi a decisão do Ministério Público de instaurar os procedimentos para investigar o ministro Palocci e o reaparecimento do presidente Lula como articulador principal da estratégia de blindagem assumida também pela presidente Dilma. Leia parte da entrevista no site Terra
Blog do Alvaro Dias - http://www.alvarodias.blog.br/
Veja a entrevista:

Dilma interrompeu o seu silêncio hoje depois que o ex-presidente Lula comandou a operação de blindagem a Palocci. Não apareceu para anunciar providências. Não determinou ao ministro ir ao Congresso para  se explicar. Não o afastou até que esclarecimentos definitivos pudessem ser oferecidos aos brasileiros. Ao contrário, procurou inocentar seu auxiliar, ignorando fatos e expectativas. Adotou a estratégia consagrada nos últimos anos e pode tornar-se cúmplice se os ilícitos forem comprovados. A monumental máquina de blindagem operacionalizada a partir do Palácio do Planalto continua azeitada. O governo aceita a justificativa da retórica. Essa pode até ter lógica, mas sem a necessária comprovação torna-se inócua. Enquanto isso senadores prometem assinar o requerimento para instalar a CPI se as explicações ao Ministério Público não forem convincentes. Leia  na  Agência Senado

Relembrem o outro caso de mancha na Casa Civil


Caso Erenice: CGU aponta irregularidades

A ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, recebeu uma”censura ética” da Comissão de Ética Pública da Presidência da República pelas acusações de tráfico de influência. Mas Relatório concluído pela Controladoria Geral da União aponta graves irregularidades em dois contratos que tiveram a participação de familiares da ex-ministra da Casa Civil. Num dos contratos, firmados entre o Ministério das Cidades e a Universidade de Brasília (UnB), a Controladoria aponta indícios de desvios de R$ 2,1 milhões. O relatório também informa que a Anatel concedeu licença de forma irregular a Unicel, empresa de telefonia ligada a José Roberto Camargo Campos, marido de Erenice. O caso tem muitos desdobramentos e implicações, e está longe de merecer uma simples “censura ética” dos órgãos de fiscalização e investigação do governo.
24 de março de 2011 - 10:00 Postagem sobre Política - Leia maise março de 2011 - 10:00 Política -
Erenice recebe censura, mas caso continua sem solução

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, por unanimidade, aplicar censura ética à ex-ministra Erenice Guerra pelas acusações de tráfico de influência. A medida funciona apenas como um reconhecimento de que ela teve conduta não-condizente com o cargo que ocupava, e não a impede de assumir um cargo público. Na verdade, a medida não tem qualquer efeito prático, é apenas mais um capítulo da operação que há quase sete meses vem sendo realizada para abafar o caso Erenice. Recentemente, a Polícia Federal anunciou que estava adiando pela quarta vez a conclusão do inquérito que investiga crime de tráfico de influência cometido por Erenice Guerra quando respondia pela chefia da Casa Civil no governo Lula. A investigação deste escândalo que derrubou oito pessoas no governo passado já se arrasta há mais de cinco meses. Pelo visto, não apenas a PF mas também o Ministério Público caminham para referendar a conclusão da comissão de inquérito da Casa Civil, que absolveu a ex-ministra e seus filhos dos crimes praticados na Casa Civil. Veja no vídeo:

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Você poderá deixar aqui sua opinião. Após moderação, será publicada.

Contador de caracteres