O
maior grupo guerrilheiro colombiano, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia), afirmou que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, terá um
"papel determinante" para a conquista da paz regional e para promover
a integração regional.
Pergunto: esse
grupo já fez comentário semelhante para algum
outro presidente brasileiro?
SÃO PAULO - O grupo rebelde
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) saudou a eleição de Dilma
Rousseff (PT) como presidente do Brasil. Em comunicado divulgado nesta
sexta-feira, 12, no site da Agência de Notícias Nova Colômbia(ANNCOL),
o comando das Farc elogia a eleição, "pela primeira vez na história do
Brasil, de uma presidenta". Dilma é descrita pelas Farc como "uma
mulher ligada sempre à luta pela justiça".
A ANNCOL costuma
divulgar mensagens dos guerrilheiros. O comunicado é firmado pelo secretariado
do Estado-Maior Central das Farc, tendo como local de procedência as
"montanhas da Colômbia". Segundo o texto, Dilma terá "um papel
determinante na aclimatação da paz regional e na irmandade dos povos do
continente".
As lideranças das Farc afirmam que Dilma defende a
necessidade de uma saída política para o conflito interno da Colômbia. Segundo
o grupo, a eleição dela "centuplicou nossa esperança na possibilidade de
alcançar a paz pela via do diálogo e da justiça social".
As Farc são consideradas
terroristas pelo governo dos Estados Unidos. Já o governo colombiano manteve
negociações em administrações anteriores com o grupo, mas atualmente tem
enfatizado a necessidade de combater militarmente os rebeldes. No fim de
setembro, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que a tendência é
que as Farc percam força, após a morte de seu então líder militar, "Mono
Jojoy".
No post abaixo, vocês lêem a íntegra da
saudação das Farc à eleição de Dilma Rousseff no Brasil. O texto diz um pouco
mais do que parece. Notem que a narcobandidagem alude à “convicção pública” de
Dilma de que é preciso haver uma “saída política para o conflito interno da
Colômbia”. O que isso quer dizer?
O governo Lula não chega a ser um Hugo
Chávez, que reconhece as Farc como “força beligerante”, isto é, como um
movimento que luta por uma causa legítima. Mas também se nega a admitir o
caráter terrorista do grupo, ainda que seus métodos falem por si mesmos. As
Farc praticam atentados contra alvos civis e militares, seqüestros, extorsões,
assassinatos e mantêm campos de concentração na floresta, onde estão centenas
de “prisioneiros”, submetidos a condições subumanas. Sua principal fonte de
financiamento é o tráfico internacional de drogas.
A despeito disso, mais de uma vez, Lula
exortou os “companheiros” a aderir à luta política, a se converter em “força
democrática”. E, vejam só!, usou o PT como exemplo a ser seguido, como se as
Farc tivessem hoje outra pretensão que não a de ser um elo na cadeia do
narcotráfico. Movimento originalmente marxista, que aderiu à luta armada, a
ideologia é só a fachada que lava a real atividade do grupo — vale dizer: uma
droga lava a outra.
N dia 1º de março de 2008, forças
colombianas atravessaram a fronteira do Equador e atacaram um acampamento das
Farc instalado naquele país, com a concordância do governo do filoterrorista
Rafael Correa. Na operação, morreu Raul Reyes, um dos principais líderes do
grupo. O Brasil, por intermédio do megalonanico Celso Amorim, liderou os
esforços para condenar o então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, como se o
continente não estivesse diante de um escândalo: um país dava apoio logístico a
um grupamento terrorista.
À época, Marco Aurélio Top Top Garcia,
que chegou a participar de uma daquelas expedições organizadas por Chávez para
“resgatar reféns” — tratava-se de uma pantomima!— concedeu uma entrevista ao
jornal francês Le
Figaro em que afirmava que o Brasil era “neutro” sobre o
caráter terrorista ou não das Farc. Escrevi, então, o texto GOVERNO
LULA É “NEUTRO” SOBRE UM MOVIMENTO QUE SEQÜESTRA E DEGOLA.
Naquela operação de 2008, a Colômbia
apreendeu dois laptops que eram usados por Reyes. Neles, havia troca de e-mails
com seus comandados dentro e fora da Colômbia. Um deles era — é!!! — o tal
“Padre Olivério Medina”, que mora no Brasil na condição de refugiado político
(!?). Numa das conversas, Medina diz ao interlocutor que sua mulher, a
brasileira Angela Maria Slongo seria contratada pelo governo federal, numa
operação destinada a “protegê-la”. De fato, ela foi para a Secretaria de Pesca.
Quem assinou a contratação foi Dilma Rousseff, esta cuja eleição é agora
saudada, conforme evidencia imagem abaixo.
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