O polvo no poder
Quem
é Erenice Guerra
Comissão de Ética abre investigação
contra Erenice
Por LEONÊNCIO NOSSA E TÂNIA MONTEIRO,
estadao.com.br, Atualizado:
13/9/2010 19:03
O presidente da
Comissão de Ética Pública, José Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), anunciou que o colegiado decidiu abrir procedimento
preliminar para investigar a ministra da Casa Civil, suspeita de envolvimento
em um esquema de lobby. Reportagem da revista Veja desta semana afirma que
Israel Guerra, afiançado pela mãe, teria intermediado, em troca de propina,
negócios de empresários com o governo. Com poderes limitados, a investigação da
comissão acaba produzindo sanções morais.
O advogado Fabio
Coutinho, integrante da comissão, foi designado relator do caso e terá dez dias
para apresentar o resultado da análise. O prazo poderá ser prorrogado. A partir
daí, caso o relator aponte falta ética por parte de Erenice, a comissão abre
novo processo de investigação.
Ao final da
reunião da comissão, realizada no Planalto, Coutinho disse que o grupo aceitou
um requerimento da própria Erenice para ser investigada, mas que independente
do pedido, o colegiado iria analisar o caso diante da repercussão da denúncia
na imprensa. Erenice já disse que abriria seus sigilos - providência que a
comissão não pode tomar.
Coutinho avaliou
que o ideal é que a denúncia seja investigada antes das eleições de 3 de
outubro. Ele disse que não poderia fazer comentários sobre o caso para não
antecipar o mérito do julgamento. Afirmou também que há uma norma objetiva em
relação à questão do nepotismo no serviço público, mas afirmou não saber se
essa regra também se aplicaria no caso.
O advogado refere-se
à denúncia de envolvimento de parentes de Erenice na contratação de escritório
de advocacia, sem licitação, que tinha entre os sócios o irmão da ministra,
como noticiou o jornal O Estado de S. Paulo. 'Se houve falta ética, haverá
recomendação de que existiu uma quebra de conduta e evidentemente haverá uma
recomendação nesse sentido.' Coutinho ainda aguardava os documentos fiscais
prometidos publicamente por Erenice.
Entenda o caso Erenice ( como está
sendo divulgado)
http://jorgeroriz.wordpress.com/2010/09/13/casa-civil-ou-casa-da-mae-joana/
Lula
e a sua maneira muito particular de respeitar os adversários
Luiz Inácio Lula da Silva, o republicano, foi a Santa Catarina — em
Criciuma — inaugurar a duplicação de um trecho da BR 101. Mantendo a prática em
si escandalosa de casar a agenda administrativa com a eleitoral, seguiu depois
para Joinville, onde participa de um comício em favor da candidatura de Dilma
Rousseff à Presidência e de Ideli Salvatti (PT) ao governo do Estado. Quem paga
o deslocamento? De Brasília até Criciuma, eu e você — afinal, era o presidente
viajando. De Criciuma a Joinville, em tese, é o PT — aí já é o militante do PT.
De Joinville a Brasília, a gente paga de novo.
A entourage que se desloca sempre que o chefe do
Executivo deixa o Palácio do Planalto também entra na nossa conta — tanto a do
presidente como a do militante. Todos contribuímos com o caixa de campanha do
PT. É a forma que tomou o socialismo do partido, entenderam?
Sigamos. Ao inaugurar uma estrada como presidente, Lula não
resistiu e falou como militante. Ao exaltar pela enésima vez as suas próprias
virtudes, como nunca antes etc, a afirmou:
“Pra não ir muito longe, pode ir a São Paulo, onde o meu principal
adversário político é de São Paulo. E veja se, quando eles [PSDB] tinham um
presidente da República, ele [Serra] foi tratado com respeito e com a decência
que eu dou a ele e dei a ele até agora. Porque é assim que eu sou, e a gente
não muda depois de velho”.
Um presidente, que é quem inaugurava o trecho da estrada, não tem
“adversários”; um militante tem. Para um presidente, não existem “eles”, apenas
“nós” — já que ele governa a todos, os que votaram e os que não votaram nele.
“Eles” são o “oposto” de “nós” apenas para o militante político. Não havia como
Serra ter sido menos ou mais bem-tratado por FHC na comparação com o governo
Lula porque a relação era outra: o agora candidato à Presidência pelo PSDB era
ministro daquele presidente e foi prefeito e governador durante a gestão Lula.
O “respeito” e a “decência” dispensados a Serra compreendeu a ida
de Lula à TV para acusar o “adversário” de ser o “candidato da turma do contra”
e aquele que “entorta o nariz para tudo”. E o fez quando sobravam evidências de
que familiares do presidenciável tiveram a sua vida vasculhada de modo ilegal
por petistas. Pior: as ilegalidades ocorreram na Receita Federal, um órgão do
Estado.
Referindo-se a supostas críticas que recebe da imprensa local,
afirmou:
“Vira e mexe, eu recebo os jornais aqui do Estado, recebo colunas
e, vira e mexe, vejo um engraçadinho dizer que não veio pra cá o dinheiro que
nós liberamos para emergência. Não é justo comigo isso e não é justo com o
governo”.
Que coisa!
Quem eventualmente critica Lula é um “engraçadinho”. Ele não
suporta “injustiça”. Bom mesmo é tentar destruir, dia após dia, a reputação de
seu antecessor, negando-lhe os feitos óbvios. Ontem mesmo, no debate da Rede
TV, viu-se a sua criatura eleitoral — que está agora com ele em palanque — a
afirmar que o governo anterior não investiu em saneamento. Investiu!
Mais do que Lula.
Mas Lula é assim: quer acabar com os injustos do mundo para ser
injusto ele só.
Por Reinaldo Azevedo
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Eu, lenibeatriz, quero uma CPI no meu caso:
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O livro impedido de ser publicado
O livro da
corrupção no governo Lula
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