No livro "Eu também acredito em lobisomem" relato os desdobramentos da minha batalha judicial, que perdura há quase 40 anos, e a entrada da Prefeitura de Porto Alegre/RS/Brasil na lide, tolhendo minha vitória. Inspirada na obra “Por que Acredito em Lobisomem”, do advogado gaúcho Serafim Machado, publicada pela Editora Globo em 1975, aponto, mediante documentos, os erros cometidos por cartório de registro de imóveis e a desídia que invade o setor público através do servidor desatento ou omisso. Minha história apresenta um caso bastante interessante não só para advogados e estudantes de Direito, mas também para pessoas que lutam pelo justo, já que narro, ainda, as descobertas de irregularidades nos contratos do Município de Porto Alegre; nas averbações feitas em cartório; nas contradições em processos judiciais, na Câmara de Vereadores e nos pareceres do Ministério Público e do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
"Teu dever é lutar pelo direito, porém, quando encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça".Eduardo J. Couture
“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”
7 de ago. de 2011
O besteirol de duas parlamentares do PT
O besteirol não tem limites. Num dos posts abaixo, comento as cretinices do que chamei “afirmações identitárias”. Nelson Jobim teria dito a uma revista, o que ele nega, que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) “é fraquinha” e que Gleisi Hoffmann “mal conhece Brasília”. Muito bem! Num post das 15h52 de ontem, especulei que o chamariam até de “machista”. Bingo!
A senadora Ângela Portela (PT-RR), presidente da Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher do Senado, e a deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina na Câmara, divulgaram nesta sexta uma nota, acreditem!, de repúdio à declaração atribuída a Jobim. Mas atenção! Elas não estão protestando porque acham que Ideli é competentíssima e que Gleisi conhece Brasília como a palma da mão.
Nada disso!
Elas não contestaram a avaliação de Jobim. As duas petistas resolveram especular sobre as motivações subjetivas que teriam levado o então ministro a supostamente dizer o que disse, entenderam? Como Ideli e Gleisi são mulheres, então Jobim teria feito, segundo elas, um ataque “machista e preconceituoso”,e as palavras a ele atribuídas“demonstram uma profunda violência a todas as mulheres”.Jobim as teria classificado de “incapazes”, o que “pode caracterizar violência psicológica e moral”.
Diz a nota:
“Queremos expressar nosso repúdio pela violência de um ministro que sempre desfrutou de todo o respeito e consideração das bancadas femininas na Câmara e no Senado Federal e que, pelo ataque verbal desnecessário, poderá criar um clima conflituoso que em nada contribuirá para a construção da Democracia Brasileira”.
Segundo essas duas valentes, mulheres que exercem cargos públicos só poderiam ser criticadas por mulheres — ou se estaria diante de um ataque machista. Na mesma linha, só gays poderiam avaliar o trabalho de gays, ou seria manifestação de homofobia. Só negros poderiam contestar negros, ou então seria racismo. E assim por diante. É IMPORTANTE NOTAR QUE JOBIM, EM NENHUM MOMENTO, ASSOCIOU O EVENTUAL DEFEITO DAQUELAS DUAS FIGURAS PÚBLICAS À SUA CONDIÇÃO DE MULHER. Se o tivesse feito, aí, sim, seria preconceito.
É de uma notável estupidez! O mundo seria como quer as duas parlamentares petistas se mulheres fizessem propostas que só valessem para mulheres, gays para gays, negros para negros, homens para homens… Se bem que a cabeça dessa gente é ainda mais perturbada do que isso: as ditas minorias teriam o direito de atuar como juízes do que consideram “a maioria”, mas teriam de ser imunes à crítica em nome da democracia.
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