“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”

21 de out. de 2010

Tráfico de Influência e privataria na Petrobrás: engenheiro denuncia ao Procurador da República

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Privatização
constantinorodrigo 


Edição de Documentos no Alerta Total – http://www.alertatotal.net/

Por Jorge Serrão
O engenheiro João Batista Pereira Vinhosa formaliza hoje  ( dia 19 ) ao Ministério Público Federal (MPF) a denúncia sobre a prática de tráfico de influência na constituição da Gemini – sociedade por meio da qual o governo brasileiro entregou o cartório de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma empresa privada pertencente a um grupo norte-americano.

O Alerta Total publica a íntegra do documento que Vinhosa envia ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. No vídeo acima, o economista Rodrigo Constantino apresenta a visão correta sobre o tema privatização – espertamente explorado pelo PT na campanha presidencial contra o PSDB. O vídeo de Constantino e a denúncia de Vinhosa comprovam que o PT é, de verdade, o “privatizador travestido”. Veja o vídeo e leia abaixo o depoimento do engenheiro Vinhosa:

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Incontestavelmente, ao formar a sociedade Gemini, o governo brasileiro colocou em prática o mais prejudicial tipo de privatização que se tem notícia no setor “petróleo e gás”. E tal ato, impressionantemente lesivo ao interesse nacional, seria impossível ser consumado sem um poderoso tráfico de influência.

Desde o início de 2004, época em que as notícias sobre a Gemini começaram a ser divulgadas, tal sociedade se tornou alvo das mais graves denúncias.

Em decorrência do poder de mercado que a Gemini passaria a ter, foi necessária, para sua constituição, a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Tal aprovação só veio a ser dada – de maneira por demais suspeita – em meados de 2006.

Para o entendimento da presente denúncia, necessário se torna considerar que, à época em que foi arquitetada a Gemini, Dilma Rousseff acumulava as funções de Ministra de Minas e Energia e Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras. Torna-se necessário considerar, também, que Dilma Rousseff passou a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República sem se afastar da presidência do Conselho de Administração da Petrobras.

A propósito, na esteira do escândalo de tráfico de influência na Casa Civil da Presidência da República, encaminhei correspondência ao presidente Lula, solicitando providências para que eu fosse ouvido pela Polícia Federal sobre tráfico de influência na Gemini.

Além de tal solicitação, informei ao presidente Lula que as cartas por mim encaminhadas à então Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras Dilma Rousseff não mereceram qualquer resposta, apesar de recebidas em seu local de trabalho (Casa Civil).

Ao presidente Lula, afirmei que uma das duas coisas havia acontecido: ou tais cartas chegaram às mãos de Dilma Rousseff, e ela se omitiu comprometedoramente a respeito das denúncias de gravíssimos atos lesivos ao interesse público cometidos em área sob seu comando; ou tais cartas foram intencionalmente extraviadas nas dependências da Casa Civil para evitar a apuração de minhas acusações, segundo as quais Dilma Rousseff era a principal avalista da Gemini.

Torna-se importante destacar que a presente denúncia de tráfico de influência no caso Gemini é baseada em uma série de fatos inquestionáveis. A seguir, destacarei quatro desses fatos.

1 – Sem a existência de um forte tráfico de influência, seria impossível a empresa escolhida para se associar à Petrobras obter as incríveis vantagens que obteve em detrimento do interesse público.

2 – Somente um poderoso tráfico de influência justifica a pressão feita sobre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para aprovar a constituição da Gemini.

3 – A omissão de diversas autoridades e entidades às quais foram denunciadas o autêntico crime de lesa-pátria representado pela Gemini é uma forte evidência de tráfico de influência para impedir a apuração dos atos lesivos ao interesse público.

4 – Nada mais perfeito para caracterizar o tráfico de influência que o inexplicável silêncio do sindicato dos petroleiros (Sindipetro) após ter denunciado a ocorrência de corrupção na Gemini, explicitando o nome do dono da mala recheada de dinheiro que aparece em matéria publicada em seu jornal.
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http://www.alertatotal.net/2010/10/trafico-de-influencia-e-privataria-na.html



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