Em meio aos festejos
carnavalescos, uma convocação anônima através de e-mails e redes sociais tenta
mobilizar um milhão de pessoas contra privilégios de governantes, integrantes
do Judiciário e parlamentares no Brasil.
Sob o título “O futuro do Brasil
vai nos agradecer”, a proposta visa reunir manifestantes na avenida Paulista,
centro de São Paulo, no sábado, dia 12 de março, convertendo-a numa réplica da
praça Tahrir, do Cairo, epicentro da revolta popular egípcia em fevereiro.
A lista de benesses atribuídas
aos representantes dos poderes a serem extintas no país, como defende a
mensagem, contem 30 tópicos:
“1. Reduzir as mordomias
(gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos
respectivos, carros, motoristas,14º e 15º salários) dos poderes da República;
2. Redução dos deputados das
Assembléias da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos
países a sério. Reforma das mordomias como almoços opíparos, com digestivos e
outras libações, tudo à custa do pagode;
3. Acabar com centenas de
Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada, e têm
funcionários e administradores com 2º e 3º empregos;
4. Acabar com empresas
Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não
servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o
bolo salarial respectivo.
5. Por exemplo as empresas de
estaciona mento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados
porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? Se
não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras
Municipais e Assembléias Estaduais;
7. Acabar com o Financiamento aos
partidos, que devem viver da
quotização dos seus associados e
da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas
atividades;
8. Acabar com a distribuição de
carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se
deslocam em digressões particulares pelo País;
9. Acabar com os motoristas particulares
24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias… para servir suas
excelências, filhos e famílias e, até, os filhos das amantes…
10. Acabar com a renovação
sistemática de frotas de carros do Estado;
11. Colocar chapas de identificaç
ão em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais
façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às
escolas, ir ao mercado a compras, etc;
12. Acabar com o vai-vém semanal
dos deputados e respectivas estadias em hotéis de cinco estrelas pagos pelos
contribuintes;
13. Controlar o pessoal da Função
Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de
trabalho. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO
SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS
SEUS INTERESSES;
14. Acabar com as administrações
numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados
do poder – há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal
administrativo... pertencentes às oligarquias locais do partido no poder;
15. Acabar com os milhares de
pareceres jurídicos, caríssimos , pagos sempre aos mesmos escritórios que têm
canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de
influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
16. Acabar com as várias
aposentadorias por pessoa, entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que
passaram fugazmente pelo Estado.
17. Pedir o pagamento dos milhões
dos empréstimos dos contribuintes, cpmf, precatórios;
18. Criminalizar, imediatamente,
o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que
fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do
contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas,
desviando recursos segundo esquemas pretensamente “legais”, sem controle, e
vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o
progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
19. Não deixar um único ma
lfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos
seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde
as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
20. Impedir os que foram
ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos
públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e
minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma
a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
30. Pôr os Bancos pagando
impostos.”
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