No livro "Eu também acredito em lobisomem" relato os desdobramentos da minha batalha judicial, que perdura há quase 40 anos, e a entrada da Prefeitura de Porto Alegre/RS/Brasil na lide, tolhendo minha vitória. Inspirada na obra “Por que Acredito em Lobisomem”, do advogado gaúcho Serafim Machado, publicada pela Editora Globo em 1975, aponto, mediante documentos, os erros cometidos por cartório de registro de imóveis e a desídia que invade o setor público através do servidor desatento ou omisso. Minha história apresenta um caso bastante interessante não só para advogados e estudantes de Direito, mas também para pessoas que lutam pelo justo, já que narro, ainda, as descobertas de irregularidades nos contratos do Município de Porto Alegre; nas averbações feitas em cartório; nas contradições em processos judiciais, na Câmara de Vereadores e nos pareceres do Ministério Público e do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
"Teu dever é lutar pelo direito, porém, quando encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça".Eduardo J. Couture
“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”
2 de jan. de 2011
Who will govern the Brazil?
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Há
várias Dilmas em Dilma, resta saber qual vai governar
Este é o título da matéria do
jornalista Ricardo Setti, repórter da
revista Veja. Ele pesquisou toda a vida de Dilma Roussef e conseguiu produzir um
interessante texto onde explica que “Os indícios de como será Dilma presidente
precisam ser buscados em sua trajetória de vida, que procuramos trazer nesta
reportagem.”
Vou colocar aqui apenas parte do
texto do jornalista, e toda a matéria poderá ser lida no Blog do autor.
QUESTÕES DEIXADAS NO AR
A despeito de seu detalhismo, e mesmo
que seus adeptos apregoem tratar-se de uma servidora pública que nunca se
envolveu em corrupção, Dilma deixou no ar certas questões, sérias, que os
eleitores mereciam haver conhecido melhor.
A ex-ministra, por exemplo, viu
acrescida uma nódoa a seu currículo com a recente revelação dos escândalos de
tráfico de influência na Casa Civil, que comandou até abril passado e que
deixou nas mãos de sua secretária-executiva, Erenice Guerra. A chusma de
parentes de Erenice encastelada em cargos públicos, ora em investigação pela
Polícia Federal, lá estava quando Dilma era ministra, da mesma forma que já
atuava, vendendo facilidades, o filho lobista de Erenice, Israel Guerra.
Nada existe sobre o envolvimento de
Dilma em irregularidades, mas inevitavelmente se aplica a ela, no caso, a velha
norma: se Dilma sabia de algo e nada fez, foi no mínimo omissa, e na pior das
hipóteses, conivente; se não sabia de algo em curso em seu quintal, é sinal de
incompetência.
Outro caso relaciona-se com a notória
família Sarney. Em agosto do ano passado, a ex-secretária da Receita Federal
Lina Vieira contou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo ter sido chamada
ao Palácio do Planalto para uma audiência com Dilma, à época chefe da Casa
Civil. A ministra teria pedido a ela que “agilizasse” investigações em curso na
Receita sobre a família do senador e presidente do Senado José Sarney
(PMDB-AP). Como isso não ocorreu, ela foi demitida do cargo. Dilma não somente
negou o pedido como assegurou que sequer houve o encontro com Lina Vieira. Até
hoje não se sabe o que ocorreu na verdade.
E há, naturalmente, o célebre caso do
dossiê que pretendia atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a
falecida ex-primeira dama Ruth Cardoso e alguns assessores próximos de FHC. As
coisas se passaram no começo de 2008 quando, para tentar calar a oposição e a
barulheira que fazia na CPI dos Cartões Corporativos ─ sobre gastos excessivos
e não transparentes de integrantes do governo com esse tipo de cartão de
crédito ─, a Casa Civil teria produzido e divulgado o dossiê com as despesas de
FHC, a mulher e assessores.
Dilma negou a existência do dossiê. O
que havia, asseverou, era a montagem de “um banco de dados” formal organizado a
pedido do Tribunal de Contas da União. A Polícia Federal entrou na história e,
após investigações, revelou que efetivamente o dossiê havia sido produzido na
Casa Civil e vazado por assessor de Dilma para o gabinete de um senador da
oposição. O assessor assumiu a culpa e, formalmente, deixou o emprego “a
pedido”. Posteriormente, Dilma telefonou a Ruth Cardoso. Amigos da
ex-primeira-dama dizem que ela “foi dura” com a ministra na conversa.
UMA QUESTÃO MORAL: CAMPANHA ERIGIDA SOBRE UMA MENTIRA
Tudo isso considerado, vemos que a
ex-ministra tem aspectos positivos, tem aspectos negativos. Deixa explicações
incompletas sobre problemas ocorridos durante sua gestão na Casa Civil.
Falta-lhe experiência política. Além de jamais haver sido antes provada nas
urnas, está a anos-luz do carisma de Lula e longe do preparo intelectual e da
capacidade política de Fernando Henrique. Muito bem. Isto posto, há ainda uma
questão a levantar ─ que, neste texto, será a última.
É uma relevante questão moral.
Uma mulher que os amigos consideram
“íntegra”, colegas de ministério “transparente” e interlocutores vários
“verdadeira” já defendeu, em público e
em mais de uma ocasião, o uso da mentira como recurso extremo ─ para salvar
companheiros de clandestinidade da prisão, por exemplo, quando lutava para
instalar um regime “revolucionário” totalitário no país. ( meu grifo)
Trata-se de uma questão complexa,
que, nesses termos e nessa situação extrema, pode ser discutida
interminavelmente.
O problema é que Dilma aceitou, incorporou e repetiu ao longo da
campanha um outro tipo de mentira, grande e grave ─ uma enorme mentira forjada por Lula e martelada
milhares de vezes perante o povo brasileiro como verdade inquestionável: a de
que tudo começou em 2003, com o governo do PT, e que antes dele, especialmente
nos oito anos anteriores, nada se fez, nada se transformou, nada foi tornado
melhor, nada se construiu, exceto uma “herança maldita” que coube ao homem
simples do povo que chegou ao Planalto administrar e transformar em glória.(meu
grifo)
Nenhum país decente se constrói em cima de uma mentira sobre a própria História. Se não se
desfizer deste fardo, um dia Dilma será destruída por ele.(meu grifo)
“INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL PÉSSIMA”
Isso, contudo, é pouco, na
opinião dessa fonte. “O problema da Dilma é que ela não motiva, não há
‘dilmistas’ dentro do governo, ninguém se empolga com ela”. E acrescenta: “A
inteligência emocional dela é péssima. Não vejo em Dilma condições de amarrar
acordos, liderar um time, coordenar uma equipe como presidente. Falta-lhe
liderança natural. Temo que ela fique na mão do PT, ou do PMDB ou então do
Lula”.
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Acredito que nenhum político decente se constrói em cima de uma mentira; ou faz
negócios em cima da mentira.
E novamente, relembro
A mentira do PT que a imprensa não
divulgou
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No Blog de Augusto Nunes, uma internauta comenta:
“O conceituado jornalista Ricardo
Setti fez uma grande pesquisa sobre o passado da presidenta, que resultou num
belo perfil. Mas gostaria de retificar uma informação: Zana, a falecida irmã,
não morreu aos 16, como ele escreveu. Ela já estava casada com o médico Celso
Canaãn quando isso aconteceu. Ela tinha, provavelmente, entre 25 e 30 anos. Eu
era amiga da família e costumávamos frequentar uma loja de discos na rua Tupis,
no centro de Belo Horizonte, chamada Pop Rock. Dito isso, gostaria de desejar que ela faça um excelente governo e que
consiga minimizar a miséria brasileira, como sinalizou no discurso de posse.
Outro problema que ela enfrentará, e com conhecimento de causa, diz respeito às
questões de infraestrutura. O Brasil precisa de estradas, aeroportos, portos,
gás, energia, etc. E sei que Dilma conhece profundamente esses problemas e que
trabalhará muito para resolvê-los. Dilma, por favor, apesar de vc ter colocado
apenas um mineiro no ministério, mesmo assim um ministeriozinho, seu amigo
Fernando Pimentel, olhe por Minas Gerais. Precisamos acabar com a rodovia da
morte, a BR-381, precisamos reformar nosso Anel Rodoviário, o aeroporto de
Confins necessita urgentemente de novas plataformas de desembarque e Belo
Horizonte precisa do seu metrô. Por favor, não fique só no discurso do
mineirês. Ele ajudou a elegê-la. Agora, haja como legítima mineira. (meu grifo).
Aqui, uma amiga da família lembra
à presidente que ela colocou um
mineiro em apenas um ministeriozinho e, o que mais me chamou a atenção: que o
ex-presidente Lula manteve a “rodovia da
morte” e deixou de realizar obras necessárias para aquele Estado.”
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